quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

A LEI DE STARLING E A CONGESTÃO VENOSA

Dr. Alejandro Enrique Barba Rodas. Médico Responsável Técnico e Coordenador da Unidade Coronariana da Santa Casa de São Jose dos Campos. Coordenador da Residência em Medicina Intensiva – COREME e membro do Grupo Técnico de Enfrentamento à COVID -19 da Santa Casa de São Jose dos Campos.

Na postagem anterior destacamos a importância da congestão venosa como causa de disfunção orgânica, especialmente de Lesão Renal Aguda - LRA. 

Como apontado, movimento do fluido entre os compartimentos vascular e intersticial é regulado pelo equilíbrio entre a pressão hidrostática capilar e a pressão oncótica plasmática. 

Referência: Biologia dos vasos sanguíneos. https://www.msdmanuals.com

Em condições normais, o equilíbrio entre essas forças resulta em fluxo líquido de fluido para o interstício conhecido como filtração capilar de acordo com a equação de Starling que afirma o seguinte:

 

Onde Q é o volume de filtração transcapilar/segundo, Pcap é a pressão hidrostática capilar, Pint é a pressão hidrostática intersticial, πp é a pressão oncótica do plasma, πint é a pressão oncótica intersticial, Lp é a condutividade hidráulica da membrana, S é a área de superfície para filtração, e σ é o coeficiente de reflexão de Staverman.



Referência: https://rk.md/2018/starling-forces-hydrostatic-and-oncotic-pressures/



Referência: https://slidetodoc.com/capillary-exchange-diffusion-most-important-solute-exchange-method/

O acúmulo de fluido resultante no espaço intersticial é removido pelos linfáticos. Durante a inflamação ou condições que alteram a permeabilidade da membrana capilar, há um excesso de fluido resultante no espaço intersticial, comumente referido como edema intersticial. A pressão hidrostática capilar aumentada, a pressão oncótica plasmática reduzida e a permeabilidade capilar aumentada têm o potencial de aumentar a filtração de fluido através da membrana capilar e, portanto, levar à formação de edema.

O edema intersticial leva ao comprometimento da difusão de oxigênio e metabólitos dos capilares para os tecidos e ainda aumenta a pressão do tecido que leva à obstrução da drenagem linfática e a distúrbios na interação célula a célula, o que leva à falência progressiva de órgãos. A capacidade do rim de acomodar pressões intersticiais hidrostáticas crescentes é limitada devido à cápsula renal e, portanto, todos esses efeitos são vistos de forma mais proeminente no rim. Eles causam congestão renaledema intersticial leva ao comprometimento da difusão de oxigênio e metabólitos dos capilares para os tecidos. O edema intersticial aumenta a pressão do tecido e leva à obstrução da drenagem linfática e a distúrbios na interação célula a célula, o que leva à falência progressiva de órgãos. A capacidade do rim de acomodar pressões intersticiais hidrostáticas crescentes é limitada devido à cápsula renal e, portanto, todos esses efeitos são vistos de forma mais proeminente no rim. Eles causam congestão renal, com redução da perfusão renal e filtração glomerular devido à compressão extrínseca dos vasos arteriais e, subsequentemente, levam ao desenvolvimento de LRA.

No vídeo em anexo de descrevem as forças de Starling e as bases da geração do edema intersticial.

Referência :https://youtu.be/Kuh1tSGCLBk


Nenhum comentário:

Postar um comentário